quarta-feira, 18 de abril de 2012

PORQUE SOLTAMOS PUM?


Por que soltamos pum?

Gases acumulados no tubo digestivo podem causar um malcheiroso vexame!
Quando o cheiro empesteia o ar, todo mundo reconhece na hora! E antes que o odor desapareça, alguém faz a clássica pergunta: quem soltou pum? É fácil descobrir o culpado quando o pum é barulhento. Mas quando ele é discreto e apenas o cheiro denuncia, a busca torna-se mais difícil! Afinal, todos os suspeitos capricham na cara de não-fui-eu-não. De qualquer forma, ninguém pode negar: não existe vexame maior do que ser identificado como o dono do pum fedorento!
O pum nada mais é do que a saída de gases produzidos e acumulados no tubo digestivo, processo chamado flatulência. Durante a digestão, o alimento passa pela boca, faringe, esôfago, estômago e intestino. Ele é quebrado em unidades menores para ser absorvido pelo organismo. Os restos dos alimentos são atacados por bactérias no intestino grosso. A ação desses microorganismos forma gases como o metano, o gás carbônico e o hidrogênio que se acumulam, principalmente, na parte final do intestino grosso. Também gera compostos como o sulfeto de hidrogênio, mercaptanos e indol. Os gases e os compostos são os responsáveis pelo mau cheiro do pum!
Há alimentos que produzem mais gases do que outros. Então, fique de olho no cardápio! Repolho, couve-flor, cebola e feijão produzem resíduos que não são digeridos pelo nosso organismo e mais gases do que outros alimentos. O feijão, por exemplo, tem um carboidrato que não é transformado pela digestão. Ao ser atacado por bactérias, esse resíduo produzirá mais gases do que outros alimentos com pouco ou nenhum carboidrato desse tipo.
Os gases e as fezes são resíduos da digestão e ficam armazenados na parte final do intestino, que funciona como um reservatório e é chamada ampola retal. A saída dos resíduos é controlada pelo ânus ou esfíncter anal, um anel muscular que se encontra na porção final do intestino e possui duas partes. Uma funciona de forma involuntária, ou seja, abre independentemente da nossa vontade. A outra, podemos controlar.
Quando a ampola retal está muito cheia, o cérebro é avisado e ordena que o esfíncter se abra. Seja sincero: quando a vontade de fazer cocô ou soltar pum é enorme, o que você faz? Aposto que tenta prender! Pois você está contraindo a parte do esfíncter sobre a qual tem domínio.
Às vezes, a artimanha não tem resultado. Se estivermos sozinhos, não há problema. Mas, se houver alguém por perto... Melhor torcer para não ter exagerado na cebola ou na couve-flor no almoço e para o pum ser silencioso! Sei que nessa hora é difícil pensar em algo, mas saiba que o som do pum é produzido porque os gases saem semi-apertados pela contração parcial do esfíncter. Ah! Uma dica final: se foi você quem soltou o pum, não titubeie em mostrar a mão. Ela não fica amarela!

Ciência Hoje das Crianças 119, novembro 2001

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